Quando encontramos uma lesão seja em pele ou em boca, analisamos todos seus aspectos: tamanho, cor, textura, entre outros para tentar identifica-la. O que acontece é que muitas vezes não conseguimos ter o correto diagnóstico, pois apenas com um estudo e uma análise histopatológica podemos concluir com certeza o que antes era apenas uma hipótese.
Um passo fundamental é o da investigação das condições de saúde em que o paciente se encontra, pois, muitas doenças sistêmicas podem se manifestar externamente através de lesões. Sendo assim, entendemos o quão importante é a realização de uma anamnese detalhada e completa. Muitas vezes os pacientes não sabem as informações corretas que precisam ser passadas para o profissional, então acaba por ser a nossa missão saber perguntar corretamente para se obter os detalhes necessários.
Outro fator importante no processo de identificação de uma lesão é o tipo de exame que precisa ser solicitado. Como sabemos, muitas vezes apenas visualmente não é possível chegar a uma conclusão do que pode ser, então antes de ir direto para a solicitação de uma biópsia, podem ser requeridos outros meios de análise.
Dentre eles, podemos encontrar os exames de imagem, como radiografias, tomografias e ressonâncias, que auxiliam na formação de um diagnóstico mais preciso. Em alguns casos apenas eles são capazes de chegar a um resultado, já em outros, a aparência clínica e radiográfica da lesão é semelhante, cabendo então aqui a solicitação de uma biópsia.
Todos esses passos são de extrema importância e precisam ser seguidos, pois vão possibilitar que o tratamento adequado seja passado para o paciente. E não se pode perder tempo, já que muitas lesões possuem certo potencial de malignização.
Que tipos de biópsias podem ser solicitadas?
Basicamente podemos citar quatro tipos de biópsias que podem ser realizadas. São elas: Incisional, Excisional, Aspirativa e por Citopalogia. Todas elas apresentam indicações específicas, que dependem do tipo de lesão que precisa ser estudada.
No caso da Biópsia Incisional, é feita a remoção de uma porção pequena da lesão e em formato de cunha, que precisa ter uma profundidade adequada. Normalmente estão associadas nos casos de tumores, em que não se pode retirar todo fragmento, porque precisa da inclusão de tecido normal junto as células patogênicas.
Partindo para a Biópsia Excisional, essa modalidade refere-se à remoção completa da lesão, possuindo uma margem de 2-3 milímetros de tecido sadio e normalmente são indicados em casos de pequenas feridas, de até 1cm de diâmetro. Muitas vezes já está atrelado ao tratamento definitivo da lesão e por isso não pode ser feita nos casos de tumores, já que podem ter ocorrido processos de metástase.
A Biópsia Aspirativa é realizada em casos de lesões que possuem fluidos, pois com uma seringa e agulha é feita uma punção sobre a superfície, com o intuído de aspirar o conteúdo do interior dessas lesões. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, que pode ser realizado com anestesia local para diminuir o desconforto.
Por fim, a Biópsia por Citopatologia é uma técnica que dispensa anestesia e serve mais para o acompanhamento de lesões e monitoramento dos pacientes. Utiliza-se uma escova oral citopatologia que é girada sob pressão sobre a mucosa oral.
Muito além do tipo de biópsia que pode ser solicitada é a importância de conservação dos fragmentos que foram removidos. Não pode haver comprometimento de tais espécimes, para que o diagnóstico seja definido de forma correta, evitando também possíveis repetições dos procedimentos e desconforto aos pacientes.
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